sábado, 20 de novembro de 2010

memorias a fazenda da minha avó

Casinha branca no alto da colina
circundada pelos rios Macario e Gongogi
gente simples , porem gente fina
Os proprietarios , meus avós viviam ali

Roças de cacau bagas de ouro
seguro de vida, para quem as tinha.
E aquele olhar candido do meu grande tezouro
Dona Edwiges minha vovosinha

Leitinho puro de manhã cedinho
descia a colina e pulava no rio
tratado sempre com o maior carinho
pelo anjo Anjo  Antonio, o senhor meu tio

O canavial não distava tanto
que garapa dôce de cana madura
pra mim constituia um verdadeiro encanto
 ver sair do forno bela rapadura

No tronco cortado de madeira dura
conheci osangue do meu bisavô
assassinado por mãos impuras
Vovó guardava aquilo com um profundo amor

O cemiterio dos meus antepassados
hoje pastagens ,criação de gado
O meu protesto circula pelos ares
A dor de um maia incomformado

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